História do Município

Com a criação da Capitania de Minas Gerais, no início do século XVIII, e a fundação das três primeiras vilas – para constituir o centro de 3 grandes jurisdições territoriais, a Vila do Ribeirão do Carmo, atual Mariana, ficou abrangendo a área constituída pelos sertões dos rios Pomba, Doce, até o Cuieté, o que incluía toda a Zona da Mata. Portanto, primitivamente, a região onde se situa Divino pertenceu à Mariana.

A Zona da Mata foi pouco explorada até o limiar do século XIX. Concorreram para isso, de um lado, causas naturais, como o relevo – um sério obstáculo à sua penetração, já que a maior parte do território está em terreno ondulado ou montanhoso – e, por outro lado, causas políticas, que proibiam terminantemente seu desbravamento, com o objetivo de impedir o contrabando de ouro. Havia, ainda, uma forte resistência à colonização dos índios puris, primeiros habitantes da região.

Segundo informações encontradas nos arquivos da cidade, a região onde hoje se localiza o município de Divino foi desbravada, em 1831, por pioneiros, chefiados pelo Tenente-Coronel José Batista da Cunha e Castro, que buscavam terras férteis para agricultura, descendo o ribeirão São João do Norte, até alcançar o rio Carangola, onde, após longa exploração, fincaram uma bandeira do Divino Espírito Santo. Em 1833, as terras que hoje fazem parte de Divino foram vendidas ao Major José Luiz da Silva Viana, que mandou para esta localidade um familiar seu, o Sr. Antônio Luiz da Silva Viana, que se tornou o primeiro habitante de Divino. O Major José Luiz da Silva Viana vendeu estas terras para aqueles que seriam os primeiros colonizadores: Geraldo Gomes Pereira, Antônio José Soares, Antônio de Souza Barros, Manoel Moreira da Silva Sampaio, entre outros. Construíram, neste local, uma capela que daria origem a um povoado.

Em 23 de setembro de 1882, pela Lei Provincial nº 2.905, o povoado foi elevado a distrito com a denominação de Divino Espírito Santo, confirmado em 14 de setembro de 1891 pela Lei Estadual nº 2. Passa a se chamar Divino de Carangola em 7 de setembro de 1923, pela Lei Estadual nº 843, por estar submetido a este município, e, em 17 de dezembro de 1938, pelo Decreto Lei Estadual nº 148, desmembrado de Carangola, passa a Divino.

A versão mais aceita para o nome da localidade, teria sido um fato – do qual encontra-se relato do Sr. José Anacleto Rodrigues, nos arquivos da Prefeitura – ocorrido durante a primeira missa, celebrada pelo padre missionário italiano José Cassaleta, na qual um pombo (que na simbologia cristã representa o Espírito Santo), pertencente a um dos fiéis, teria se soltado e pousado em cima do altar, permanecendo lá por alguns minutos, o que levou ao padre a pedir que o nome do povoado ficasse Divino Espírito Santo.

Os primeiros prefeitos eram nomeados, forma que perdurou até a primeira gestão de Genserico Nunes de Oliveira, entre 20 de janeiro de 1945 e 31 de dezembro de 1946, quando convocou-se eleições diretas para a prefeitura e para a instalação da Câmara Municipal (efetivada em 08 de dezembro de 1947), tendo o prefeito desligado-se do cargo e concorrido no pleito, bastante turbulento, fato bastante compreensível no período que se seguiu à deposição de Getúlio Vargas.

Sua gestão, porém durou pouco mais de um mês, tendo sido assassinado em 15 de janeiro de 1948, evento que ocorreu, segundo o Sr. Ziba Alves de Assis (em artigo publicado no periódico “Divino em revista”, de outubro de 1996), devido a motivações políticas. Desde então, o prefeito assassinado tornou-se referência pública na cidade, tendo sido a praça principal batizada com seu nome. Ali foi erguida uma estátua em sua homenagem.

Desde então, o núcleo urbano se expandiu, a partir da Rua José Vítor de Oliveira, conhecida como “rua nova”, conformando 3 bairros: Centro, Soraya e Givisiez.

A Praça Principal da Cidade, que, segundo o Sr. Afonso Tranin, de 82 anos, não passava de um charco para criação de porcos, foi urbanizada ainda em 1939, recebendo um projeto paisagístico inspirado no estilo neoclássico francês (desenho que foi alterado em 2004, sem qualquer critério técnico) possuindo atualmente um traçado orgânico, que recebeu vegetação de origem tropical, mas mantendo algumas árvores de maior porte e um pergolado sustentado por colunas dóricas (remanescentes do traçado original) por exigência da população, que se mostrou insatisfeita com a alteração.

A igreja, que forma um conjunto paisagístico com a praça, foi construída em 1944, em estilo neogótico,no mesmo lugar da original. Ligando as duas, em 1960, foi construída uma escadaria, ladeada por amplo gramado.

Nas décadas subseqüentes, as ruas receberam canalização de água e esgoto. Em 1998, o distrito de Orizânia se emancipa, diminuindo a população do município em quase 5.000 habitantes.

A cidade se encontra numa região montanhosa, na serra da Mantiqueira, o que faz com que haja grande número de quedas d’água e serras, aproveitadas pelos habitantes e por visitantes para lazer.

Sua economia é basicamente agrária, baseada em pequenas propriedades (não há qualquer uma com área acima de 1000 ha), tendo o café como principal cultura – em torno da qual gira a economia do município. Há, ainda, agricultura de subsistência e plantio de cana-de-açúcar, que possui importância não só econômica mas, também, cultural – sustentando toda uma produção artesanal tradicional de aguardente e de rapadura. Essa estruturação econômica é razoavelmente homogênea nos dois distritos.

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